Grupo de apoio, composto por diferentes especialistas, fala sobre os principais exames e dá esperança para quem busca tratamento.
Som do apito de uma panela de pressão, ‘canto’ de um grilo ou um chiado constante. Estas são apenas algumas das descrições do ruído que os pacientes com zumbido ouvem diariamente. O zumbido, também conhecido como tinnitus ou tinido, é definido como um som ouvido nos ouvidos ou na cabeça sem a presença de uma fonte externa. “O ruído é produzido pelo próprio organismo em resposta a presença de alguma condição anormal. O zumbido não é uma doença e sim um sintoma de que algo está errado no corpo”, explica a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães.
Mais de 200 fatores podem causar zumbido. Problemas auditivos, cardiovasculares, psicológicos, neurológicos, odontológicos, alterações no metabolismo e o uso de medicamentos estão relacionados ao surgimento do ruído. “A perda de audição é a principal causa do sintoma. O zumbido não provoca e nem aumenta a perda auditiva, mas a ausência de sons intensifica a percepção do ruído, já que não há outros barulhos para concorrer com ele”, observa a médica, coordenadora do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba).
O zumbido pode ser o resultado de uma ou mais causas. Rita esclarece que o diagnóstico do paciente pode mostrar a relação do sintoma com a perda auditiva e com a pressão alta, por exemplo. Neste caso, a estratégia de tratamento será direcionada para melhorar a audição, com o uso de aparelhos auditivos, e manter a pressão sob controle, com mudanças alimentares, estímulo à atividade física e o uso de medicamento quando necessário. “O tratamento é voltado à melhora da qualidade de vida do paciente como um todo”, ressalta.
Quando o zumbido surge, o primeiro passo é consultar um especialista em otorrinolaringologia. É este especialista que irá solicitar os primeiros exames e descartar as causas mais comuns. Além disso, o otorrinolaringologista acompanha o paciente durante todo o processo e encaminha para outros profissionais se houver necessidade. “A atuação de fonoaudiólogos, psicólogos, ortodontistas e fisioterapeutas é fundamental, pois é preciso fazer uma investigação criteriosa e extensa para determinar as causas do zumbido e as melhores estratégias de tratamento”, acrescenta.
Grupo aborda os principais exames para o diagnóstico do zumbido
Rita enfatiza que o paciente é orientado a realizar uma série de exames importantes para diagnosticar o problema. Os exames audiológicos, como a audiometria tonal limiar, que avalia se há perda auditiva, são os primeiros a serem solicitados. “A logoaudiometria analisa a capacidade do indivíduo de compreender a fala e o limiar de desconforto auditivo é o exame que avalia a sensibilidade do ouvido a diferentes intensidades de som. Já a imitanciometria verifica as condições da orelha média, a mobilidade do tímpano e outros aspectos relacionados aos ouvidos”, declara.
Devido à importância do assunto, o GIPZ irá falar sobre os “Principais exames médicos e audiológicos para o diagnóstico do zumbido” na próxima reunião, que será realizada no dia 1º de junho. Rita e a fonoaudióloga Izabella Pedriali de Macedo, especialista que também compõe o grupo, irão dar detalhes sobre os exames que ajudam a diagnosticar a causa do zumbido. “A tecnologia e os avanços científicos têm contribuído de maneira significativa no diagnóstico e tratamento do zumbido. Nosso intuito é mostrar aos pacientes que é possível tratar o problema”, enfatiza Macedo.
O encontro do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) será realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, a partir das 14 horas. A entrada é gratuita e quem quiser pode doar um produto de higiene pessoal.
Serviço: Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba)
Próximo encontro: 01 de junho de 2012
Tema: Principais exames médicos e audiológicos para o diagnóstico do zumbido
Palestrante: Rita de Cássia Cassou Guimarães (otorrinolaringologista e otoneulogista) e Izabella Macedo (fonoaudióloga)
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Agendamento de presença e mais informações: (41) 3225-1665
Entrada livre