Nome da universidade pesa mais para os recém-formados


Recrutadores valorizam quem estuda em boas instituições, mas para profissionais com mais de cinco anos de formação a experiência é mais relevante.

O currículo é a porta de entrada de qualquer profissional em uma empresa. Os recrutadores observam cada detalhe e analisam a formação e a experiência dos candidatos. Um item que pesa na hora da escolha é a qualidade da universidade. “As empresas normalmente sabem quais são as melhores instituições de ensino superior e ficam de olho na formação dos profissionais”, observa Sidney Alves, gestor de carreira da empresa de recursos humanos RH Capital.

 
Apesar de não ser o critério mais relevante, a formação ainda é levada em consideração. Os recrutadores consideram que os profissionais formados em boas universidades possuem melhor formação cultural e tem competências como liderança e flexibilidade. “O nome da faculdade conta especialmente no momento da triagem. Algumas organizações escolhem candidatos somente das melhores universidades e outras utilizam o critério como desempate”, explica.
O principal fator pelo qual o nome das universidades pesam tanto no currículo é que o ingresso em uma universidade renomada exige um esforço maior para passar no vestibular e a graduação é mais exigente. “Mas é bom lembrar que sempre há exceções. Profissionais de universidades menos reconhecidas podem se dar muito melhor na profissão dos que os freqüentaram aulas com os melhores professores. Mais do que um bom ensino é preciso esforço e dedicação para agregar valor”, ressalta.

 
Além disso, destaca Alves, o conhecimento e as habilidades do candidato são fundamentais e isso vem do mérito individual e não apenas da formação no ensino superior. A bagagem cultural é um item muito valorizado pelas companhias e que pode ter como base intercâmbios, leituras extra-curriculares, cursos, palestras e outras coisas que ultrapassam os limites das instituições de ensino. “O nome da faculdade é mais relevante no caso de recém-formados, que ainda não tem experiência”, aponta.

 
Para quem já está formado há algum tempo a universidade não faz tanta diferença assim. Segundo Alves, existe um consenso de que após cinco anos da formatura a experiência é mais importante. “A universidade faz a diferença, mas a carreira profissional do candidato vai influenciar mais na sua atuação. O perfil, outros conhecimentos e as competências também são fundamentais. Por isso quem não teve a oportunidade de estudar em uma instituição renomada, não se desespere, tem lugar para todos”, acrescenta.

 
Os diferenciais do profissional ajudam a alavancar a carreira. É essencial estar sempre atualizado, fazer especializações, mestrado, doutorado, cursos, aprender novos idiomas e participar de projetos voluntários. “O aprimoramento deve ser constante para que o profissional possa atender as exigências do mercado de trabalho. O candidato tem que mostrar que é a melhor escolha na hora da entrevista, fazer o seu marketing pessoal”, recomenda.