Avaliações
verificam as estruturas internas do ouvido, aspectos ligados ao sistema nervoso
central e os limiares da audição.
A
audição é considerada um dos mais complexos sistemas do corpo humano. E não é
para menos – as vibrações dos sons captadas pelos ouvidos passam por pequenas
estruturas que os transformam em impulsos elétricos. Estes estímulos são enviados
ao cérebro, que os decodifica e os interpreta, possibilitando a compreensão dos
ruídos a nossa volta. “Os dados sonoros passam por diferentes dinâmicas até o
fim do processo, que resulta na audição do som. Qualquer alteração pode
prejudicar a dinâmica auditiva”, ressalta a otorrinolaringologista Rita de
Cássia Cassou Guimarães.
Os
problemas auditivos podem ser causados por fatores genéticos, doenças
infecciosas – como rubéola, meningite, caxumba, otites e sarampo -, traumas acústicos,
uso de medicamentos tóxicos aos ouvidos, causas congênitas e exposição sonora intensa.
“A perda de audição pode ser leve, quando não há dificuldade para compreender a
fala, ou moderada, quando há necessidade de usar aparelho auditivo. A perda severa
é caracterizada pela incapacidade de ouvir sons abaixo de 70 decibéis (altura
de um aspirador de pó) e em alguns casos há o uso de linguagem gestual”, observa.
O
nível profundo de perda é a condição mais grave dos problemas auditivos. O
indivíduo não é capaz de ouvir sons abaixo de 90 decibéis – uma turbina de
avião atinge cerca de 100 decibéis – e é preciso usar gestos e leitura labial para
se comunicar. A perda auditiva severa ou profunda caracteriza uma pessoa surda.
“A surdez pode provocar problemas psicológicos, emocionais, dificuldades de
comunicação e aprendizado e afeta as relações sociais. A prevenção é a melhor
arma contra a perda auditiva”, destaca a médica, especialista em otoneurologia.
Exames ajudam a identificar
deficiência auditiva
A
audição pode ser acompanhada desde o nascimento. Os recém-nascidos devem ser
submetidos ao Teste de Emissões Otoacústicas
Evocadas, mais conhecido como Teste da Orelhinha. Ele é eficaz para detectar
perdas de audição precoce e os resultados podem ser confirmados com a
realização de avaliações audiológicas complementares. “Se houverem suspeitas de
surdez genética, o bebê também deve ser avaliado por meio do Teste de Surdez
Genética. É um exame laboratorial especializado, que contribui para o
diagnóstico correto do problema e para o acompanhamento profissional”, afirma.
Outros
exames podem ser realizados na infância, adolescência, juventude ou na fase
adulta para avaliar como está a saúde dos ouvidos. A audiometria tonal e vocal é
uma avaliação que identifica os limiares da audição e pode quantificá-la e classificá-la
em normal ou alterada. “A impedanciometria, ou imitanciometria, é um exame que
mede a resistência da membrana do tímpano, verifica o funcionamento do sistema
ossicular, da tuba auditiva e do tímpano e é eficaz para a identificação de otites,
doenças da orelha média, como a otospongiose, e disfunções tubárias”, aponta.
Os
testes vestibulares servem para o diagnóstico de vertigens e tonturas, questões
ligadas ao sistema de equilíbrio do corpo. Este conjunto de avaliações busca identificar as
labirintopatias, doenças que afetam o labirinto e prejudicam o equilíbrio
corporal e a audição. “Estes exames ajudam o médico a elaborar o diagnóstico
correto, com a investigação das possíveis causas, e a definir as estratégias de
tratamento mais adequadas de acordo com o caso de cada paciente”, enfatiza
Rita, mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A
Eletrococleografia é solicitada em casos de doenças do labirinto e o exame mede
a pressão dos líquidos da orelha interna. A Audiometria do Tronco encefálico
estuda as vias auditivas e pode ser usado para analisar o limiar de audição em crianças
nas quais a audiometria convencional não pode ser realizada com precisão. É uma
avaliação da audição a nível otoneurológico e auxilia na identificação de
tumores e outras patologias otoneurológicas. “Já os testes de Processamento
Auditivo Central são importantes para avaliar o grau de compreensão da fala”,
acrescenta.
Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009)
Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR
Blog: http://canaldoouvido.blogspot.com
Email: ritaguimaraescwb@gmail.com
Telefone: 41-3225-1665
Endereço: Rua João Manoel, 304 Térreo, Bairro São Francisco, Curitiba PR.
Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR
Blog: http://canaldoouvido.blogspot.com
Email: ritaguimaraescwb@gmail.com
Telefone: 41-3225-1665
Endereço: Rua João Manoel, 304 Térreo, Bairro São Francisco, Curitiba PR.