Especialista explica a relação entre zumbido e a musculatura


Encontro de agosto do GIPZ irá explicar como as contrações musculares podem provocar zumbido ou aumentar a sua percepção.

Na próxima sexta-feira (03/08), será realizado o encontro do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) de agosto. A reunião será realizada a partir das 14 horas, no 5º andar do anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. “O zumbido tem mais de 200 causas possíveis e que geralmente se sobrepõe. Este fato torna fundamental a participação de especialistas de diversas áreas para o diagnóstico e tratamento”, afirma a otorrinolaringologista Rita de Cássia C. Guimarães, coordenadora do grupo.
A reunião terá como tema “A atuação do fisioterapeuta nos pacientes com zumbido” e será ministrada por Vivian Domit Pasqualin, fisioterapeuta integrante da equipe voluntária e interdisciplinar do GIPZ. “O zumbido é um sintoma, então é preciso buscar a sua causa. O ruído afeta 17% da população brasileira e suas consequências tem grande repercussão na vida de 20% dos pacientes. Alguns pacientes apresentam alterações na intensidade ou qualidade do zumbido durante movimentos que contraem os músculos, principalmente na região do pescoço e da cabeça”, explica Vivian.
As dores que surgem em um lugar do corpo e se refletem em outro, denominadas somatossensoriais, podem causar zumbido. Algumas pessoas possuem pontos bem definidos de dor nos músculos. Ao pressionar estas áreas, a dor aparece ou se intensifica assim como o zumbido que pode mudar de caracteristicas,  aumentando ou dimuindo sua intensidade. “O objetivo da fisioterapia é minimizar a sensação dolorosa na musculatura e reduzir a intensidade do zumbido e os pontos doloridos. Cerca de 10% dos pacientes com o sintoma se queixam que as contrações musculares influenciam a intensidade do barulho”, aponta a fisioterapeuta.
Vivian esclarece que o zumbido é resultado da interação dinâmica de centros auditivos e não-auditivos do sistema nervoso. O sistema somatossensorial é um centro que não está relacionado com a audição e sua função é enviar dados sobre a sensação física do indivíduo para o cérebro. “Situações estressantes, tensões, nervosismo e as contrações musculares aumentam a percepção do zumbido. Pacientes com zumbido unilateral, sem alterações auditivas e tensão nos músculos da cabeça, face ou pescoço normalmente são diagnosticados com o zumbido somatossensorial”, ressalta.
O tratamento inclui a desativação desses pontos, alongamento, massagem, recomendações para soltar os músculos e orientações para evitar que a musculatura fique “presa”. Além disso, são indicadas estratégias para eliminar as outras causas do zumbido. “O paciente é visto de forma integral, por isso os profissionais de diferentes especialidades devem realizar um tratamento integrado. O principal objetivo é promover a saúde de quem sofre com o zumbido e melhorar a sua qualidade de vida”, acrescenta Rita.


GIPZ Curitiba
Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) tem como missão informar e atualizar as pessoas sobre o que é, as causas, consequências e tratamentos para o zumbido. O objetivo é melhorar a qualidade vida e dar esperança a quem sofre com o problema.
As palestras contam com especialistas de diversas áreas como médicos otorrinos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas, que dão orientações e esclarecem as dúvidas dos presentes.
Os encontros do GIPZ Curitiba acontecem todas as primeiras sextas-feiras do mês, de março a dezembro, no 5º andar do anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, a partir das 14 horas. O evento é aberto para qualquer pessoa e a entrada é gratuita. Mais informações sobre o próximo encontro podem ser obtidas através do fone   (41) 3225-1665.

Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba)
Próximo encontro: 03 de agosto de 2012
Tema: “A atuação do fisioterapeuta nos pacientes com zumbido”
Palestrante: Vivian Domit Pasqualin (fisioterapia)
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Agendamento de presença e mais informações:             (41) 3225-1665     
Entrada livre