Aleitamento artificial não promove exercícios musculares na
intensidade necessária para o correto crescimento do
rosto.
A maternidade e a paternidade são um
momento único na vida de um casal. Durante toda a gravidez são muitas dúvidas e
curiosidades – especialmente em relação ao rostinho do bebê, pois todos querem
saber com quem a criança se parece. “O rosto é a marca visual de qualquer
indivíduo. É pelos traços da face que as pessoas são reconhecidas e aceitas no
convívio social desde o seu nascimento”, afirma Gerson Köhler, especialista em
ortodontia, ortopedia facial e ortopedia funcional dos maxilares da equipe
interdisciplinar da Köhler Ortofacial.
O crescimento e
o desenvolvimento craniofacial normais são fundamentais para que na adolescência
e na fase adulta o indivíduo possua harmonia, estética e beleza facial. “O
crescimento correto, também denominado ortotrópico, só é possível quando a soma
das diversas funções do rosto está dentro de parâmetros de normalidade. Se
houver mudanças nestas funções – como respirar, mastigar, falar, sorrir e
deglutir – pode haver modificações no projeto original de crescimento e
desenvolvimento facial”, explica Gerson, professor convidado da pós-graduação da
UFPR desde 1988.
De acordo com a
fonoaudióloga Nilse Köhler, especialista em distúrbios funcionais orofaciais da
Köhler Ortofacial, normalmente as alterações na face ocorrem por causa da
respiração incorreta, quando o ar é inspirado pela boca e não pelo nariz. “O
projeto da face infantil é determinado pelos fatores genéticos que são herdados
dos pais da criança. Em princípio ele é programado para exprimir a sua melhor
forma, harmonia e beleza, salvo em casos de excessão, como ocorre quando há a
presença de anomalias congênitas”, esclarece a especialista.
Estimativas
apontam que cerca de 90% das alterações ortopédicas dentofaciais, que são
visíveis por meio dos problemas ortodônticos, estão associadas à ação incorreta
dos músculos da face. Os desvios de crescimento facial ocorrem de forma
adquirida, lenta e progressiva. “As alterações podem começar a se manifestar
quando o indivíduo ainda é um bebê. Por isso é imprescindível que os pais fiquem
atentos ao rosto de seus filhos, especialmente as funções exercidas na face,
para detectar qualquer modificação de maneira precoce”, recomenda
Nilse.
Os primeiros
meses de vida são de extrema importância para que o processo de desenvolvimento
facial progrida corretamente e tenha um resultado funcional e estético
satisfatório ao atingir o seu ápice, ao final da adolescência. Nilse observa que
o ato de sugar, que precede o de mastigar, ajuda a exercitar os músculos
faciais. “A sucção é o primeiro estímulo ortopédico do crescimento facial do
bebê. Ele tem início na vida intrauterina e é uma característica inata de
qualquer criança. Se a sucção for realizada de modo incorreto, como em casos do
uso prolongado de mamadeira, o rosto pode ser prejudicado”,
ressalta.
O aleitamento
artificial é apenas uma das causas de distúrbios funcionais e ortopédicos da
face. Estes distúrbios provocam alterações no padrão de comportamento
neuromuscular necessário para o ato de sugar e deglutir corretamente. “Mesmo que
a mamadeira tenha a melhor concepção anatômica, há riscos de ocorrer danos ao
rosto do bebê. Sugar o mamilo do seio materno gera uma ginástica facial
benéfica, enquanto o bico da mamadeira não gera o esforço muscular na
intensidade necessária para o desenvolvimento facial”, alerta
Gerson.
Gerson aponta
que atualmente é possível monitorar os distúrbios funcionais e ortopédicos que
afetam o rosto por meio da Monitoração Ortopédica da Face Pediátrica (MOFP). O
monitoramento é feito por meio de programas específicos ainda na primeira
infância. “60% do que ocorre com a face depende da sua interação com o meio
ambiente. Sob esta perspectiva, as terapias que monitoram o desenvolvimento
facial integral são eficazes desde a tenra idade, possibilitando o afastamento
ou neutralização dos fatores que são potencialmente nocivos ao processo de
crescimento”, considera.
A MOFP é
realizada por especialistas voltados ao monitoramento dos aspectos ortopédicos,
respiratórios, miofuncionais e dentofaciais da face infantil. A MOFP é uma forma
de prevenir e intervir precocemente sobre as alterações do rosto. “São
realizadas consultas e avaliações periódicas. Conforme a necessidade são
realizadas intervenções terapêuticas em momentos oportunos. Qualquer decisão
clínico-terapêutica é feita com base no diagnóstico individual da criança e o
enfoque é interdisciplinar”, acrescenta Nilse.
Doutor Gerson Köhler (CRO 3921 – PR)
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial
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