Associar a leitura a momentos de prazer e participar ativamente ajuda a formar novos leitores.
Os
adultos são como modelos para as crianças – elas querem imitar suas
atitudes e seus hábitos. A infância é um período crucial para a formação
da personalidade e do caráter do indivíduo, por isso é importante que
existam bons exemplos a serem seguidos. “A leitura, por exemplo, é um
hábito que deve ser incentivado pelos pais o mais cedo possível. Não
basta oferecer livros para ler, tem que dar o exemplo e criar um
ambiente que seja propício a esta atividade”, aponta o escritor José
Geraldo Jacob Neto, autor do livro "As Estórias De Zé Doidinho".
A
leitura contribui para a construção de princípios individuais, visão
crítica, desenvolvimento intelectual e ético e tem contato com
diferentes visões de mundo. O potencial reflexivo também é lapidado por
meio da literatura, já que o texto a leva a indagar, questionar, pensar,
articular, fazer associações e reformular suas ideias. “O contato
literário amplia os horizontes, estimula a imaginação da criança. Além
disso, a literatura é como uma ponte entre a realidade e o mundo
infantil e a criança expressa seus sentimentos em forma de fantasia, com
desenhos, brincadeiras, histórias e músicas”, observa.
Especialistas
ressaltam que quanto mais cedo for desenvolvido o gosto pela leitura,
melhor será a compreensão que o indivíduo terá de si mesmo e do mundo
que o cerca. “A sociedade precisa de pessoas que pensem, criem coisas
diferentes, tenham um vasto repertório cultural e que tenham senso
crítico sobre as regras e a cultura da sociedade na qual ele está
inserido. Caso contrário, ficaremos sempre na mesmice. Outro benefício
que a literatura proporciona é o enriquecimento do vocabulário, que se
reflete na escrita correta”, destaca.
A
escola e os professores são agentes importantes no que diz respeito ao
incentivo a leitura, mas se os pais não se envolverem nesta missão os
resultados não serão os melhores e ainda há o risco do hábito ser
deixado de lado com o tempo. “O primeiro passo é associar a leitura a um
momento de lazer e prazer. Ao levar os filhos no shopping os pais podem
aproveitar e ir à livraria. Geralmente há um espaço lúdico, reservado
para que as crianças possam conhecer as obras infantis. Mesmo que
naquela ocasião não seja comprado nenhum livro, o passeio será associado
à leitura”, aconselha.
Os
pais também podem ler histórias e estórias em voz alta para as
crianças, até mesmo para os bebês. Este tipo de leitura promove o
desenvolvimento mental e evita problemas de aprendizagem na idade
escolar. Não é preciso ser um contador de histórias, a intenção e a boa
vontade são suficientes. “Dá para improvisar, imitar vozes diferentes
para cada personagem, pegar brinquedos, desenhos e imagens para ilustrar
o que está sendo contado, usar músicas instrumentais, enfim, vale tudo,
basta usar a imaginação. É recomendado que os livros sejam inseridos na
rotina da criança antes mesmo dela aprender a andar”, enfatiza.
Para
os bebês existem várias opções de livros com texturas, feitos de
material que pode ser molhado e inclusive com objetos que fazer barulho.
Para os mais crescidos os pais devem reserva um momento especial para a
leitura em voz alta. “Quando a criança já consegue ficar quieta e se
concentrar em alguma atividade é hora de levá-la para conhecer uma
biblioteca. Frequentar feiras de livros também é uma boa alternativa
para aumentar o contato com a literatura infantil. Os pais devem lembrar
que os livros também podem ser dados como presente, aumentando a sua
importância”, acrescenta.
Mesmo
quando já há certa autonomia na leitura, os pais podem participar
fazendo comentários sobre a estória, sobre os personagens e fazendo
comparações com a realidade da criança. “Discutir o tema trabalhado é
fundamental. Na obra “As Estórias De Zé Doidinho" o bullying é
tratado de uma forma sutil e lúdica para que os pequenos leitores passem
a discernir entre o que é ou não preconceito. Neste caso é possível
perguntar a criança se por acaso ela já sofreu alguma discriminação ou
se ela já discriminou alguém e ensiná-la a maneira certa de agir. Esta é
uma função primordial da literatura, ajudar a construir o caráter dos
leitores”, considera.
"As Estórias De Zé Doidinho"
Categoria: Literatura infantil
Formato: 19 X 24 centímetros
Páginas: 38 páginas
Indicação: De 02 a 09 anos
O
livro infantil "As Estórias De Zé Doidinho", escrito por José Geraldo
Jacob Neto, foi lançado pela editora Publit. A obra conta as aventuras
de um garoto, apelidado por seus colegas de Zé Doidinho. O menino é
vítima de preconceito por ter gostos diferentes dos seus amigos e para
escapar das provocações resolve se isolar. A partir desta trama Geraldo
Neto coloca em discussão o bullying, assunto que envolve pais, alunos, professoras e a sociedade em geral.
Sobre o autor
José
Geraldo Jacob Neto é empresário e resolveu dar início a novos projetos,
sendo que o Zé Doidinho é o primeiro livro da sua carreira como
escritor. Geraldo Neto participa desde 1995 de ONGs que atuam com
projetos para jovens e atualmente é presidente do YABT-Brasil,
instituição ligada a OEA e que desenvolve um programa de
empreendedorismo em comunidades de baixa renda.