A
utilização de medicamentos para combater doenças e outros males é um dos
tratamentos mais comuns indicados para a população. O problema é que muitos
remédios acabam provocando efeitos colaterais, a curto ou longo prazo,
reduzindo o custo benefício. “O uso de plantas medicinais para cura é muito
mais seguro. A natureza possui inúmeras substâncias que beneficiam a saúde e
por isso a chamada fitoterapia tem ganhado espaço nos tratamentos”, afirma
Paulo Edson Reis Jacob Neto, presidente do Sindicato dos Terapeutas do Estado
do Rio de Janeiro (Sinter-RJ).
A fitoterapia pode ser definida como um
tratamento que utiliza plantas medicinais em diferentes modos de preparo com o
objetivo de promover e recuperar a saúde. A palavra fitoterapia vem do grego
‘therapeia’ e ‘phito’, que significa respectivamente ‘tratamento’ e ‘plantas’.
“Mesmo com a utilização de elementos naturais, os tratamentos fitoterápicos
podem ter efeitos colaterais e devem ser usados somente com orientação médica
para aproveitar ao máximo os benefícios sem riscos a saúde”, alerta o
terapeuta.
Como
nem todas as plantas são benéficas ao organismo, e algumas inclusive podem até
fazer mal, o acompanhamento de um especialista é fundamental para indicar a
substância correta. “A prescrição é definida conforme o problema de saúde. Os
fitoterápicos são feitos a partir de determinadas partes da planta, como raiz,
casca, flores, folhas ou sementes, dependendo da finalidade para qual ela será
utilizada. Algumas vezes é necessário a utilização de mais de um tipo de
planta”, esclarece.
No
Brasil os produtos fitoterápicos são regulamentados desde 2004 pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), garantindo a sua qualidade e
procedência. “No país 16 estados oferecem tratamentos fitoterápicos pela Sistema
Único de Saúde (SUS) para toda a população. O Ministério da Saúde e outros nove
ministérios ainda instituíram o Programa Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos. Entre os objetivos está a inserção de plantas medicinais e
fitoterápicos no SUS com segurança,
eficácia e qualidade”, ressalta.
O
programa também visa atingir o objetivo da Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos, que é garantir a toda população brasileira o acesso
e o uso racional de fitoterápicos e de plantas medicinais, contribuindo para o
uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento econômico relacionado a
este setor. “O programa também reconhece as práticas populares e tradicionais
que utilizam remédios caseiros e plantas medicinais e promove a inclusão da agricultura
familiar nesta cadeia produtiva”, explica.
Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio de Janeiro
SINTER-RJ, órgão representante dos Terapeutas Naturistas do Estado do Rio de Janeiro
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