No caso de violência
doméstica, o casal precisa de apoio e ajuda especializada para superar o
trauma.
O Dia Internacional da
Mulher, comemorado no dia 08 de março, é uma excelente data para reforçar a
importância da luta contra a violência doméstica. A justiça define este tipo de
violência como atos de ofensa à integridade sexual, física, psicológica ou moral
contra as mulheres ou outros familiares. “As situações de violência doméstica ultrapassam
as barreiras físicas e envolvem tanto o agressor quanto o agredido, sendo
a mulher a parte mais vulnerável do casal”, ressalta a médica Laís de Siqueira
Bertoche, especialista em Psiquiatria e Homeopatia.
De acordo com o Anuário
das Mulheres Brasileiras 2011, divulgado pela Secretaria de Políticas para as
Mulheres do governo federal e o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socieconômicos (Dieese), quatro em cada dez mulheres já sofreram algum
tipo de violência doméstica. “É uma questão complexa, já que o agressor é a
mesma pessoa que dá carinho ou que é o pai dos seus filhos. A falta de apoio da
família ou dos amigos dificulta a resolução desta situação”,
explica Bertoche, pós-graduada em Hipnoterapia Regressiva, Terapia da Família e
Constelação Familiar.
Dados da ONU Mulher
apontam que um terço das mulheres latino-americanas já foram vítimas de
agressões físicas e 16% de agressão sexual. Não podemos ignorar nem considerar essa situação como
um fato normal ou banal. “As mulheres estão perdendo o medo e a
vergonha de denunciar a agressão, embora essa atitude não seja
suficiente para resolver o problema, já que ambos precisam de ajuda para superar as
dificuldades. Para que tenhamos uma resolução efetiva do conflito, é preciso
auxiliar também o parceiro, que não consegue lidar com as frustrações de uma
forma madura, já que a violência deixa marcas profundas na vida
familiar”, enfatiza a especialista.
Filhos de lares onde a
violência é comum tendem a ser agressivos com as mulheres. Por isso é tão
necessário o atendimento do casal, e entre as várias terapias que podem
ajudar as famílias, temos a Terapia Transgeracional. Essa técnica
terapêutica tem como objetivo curar os bloqueios que se expressam no corpo
físico, emocional ou mental produzidos por traumas com ou sem causa conhecida.
“A violência doméstica é uma situação potencialmente perturbadora e
estressante, que mantém a vítima e algoz aprisionados por maior
ou menor tempo e impedem as pessoas viver com confiança e
tranquilidade”, observa.
Segundo Bertoche,
qualquer bloqueio traumático consome bastante tempo e energia e provocam sintomas, prejudicando a
saúde como um todo. Quando se tem uma vida familiar harmoniosa, a
capacidade de cura e de ser saudável é percebida por todos. “Na Terapia
Transgeracional, o terapeuta induz o indivíduo a contar e vivenciar sua
história no ambiente protegido do consultório, possibilitando uma visão mais
clara e lúcida do momento traumático, possibilitando um olhar distanciado e
assim desfazer o bloqueio psíquico.
Se o bloqueio se
mantém, o sofrimento pode se manifestar na forma de fraqueza, insegurança,
fobias, ansiedade, tristeza, confusão mental e emocional e doenças
psicossomáticas”, afirma.
Nas sessões de Terapia
de Regressão de Memória o paciente é conduzido a um estado ampliado de
consciência, para identificação e dissolução do evento traumático. Esta
abordagem possibilita a reavaliação do fato, o desapego da dor, a incorporação
do aprendizado obtido por meio daquela experiência – mesmo que negativa – e o
reencontro do seu equilíbrio. “Temos que ter em mente que os obstáculos que
surgem na vida são oportunidades de crescimento e desenvolvimento da
consciência. Não é fácil ter essa compreensão, mas o terapeuta saberá como
ajudar”, destaca.
A Terapia de Regressão
de Memória também é benéfica em outras situações, como neuroses, doenças
psicossomáticas, síndrome do pânico, fobias, dificuldades nas áreas afetiva e
profissional e sensações de confusão e de não pertencimento. “A terapia não é
indicada para pessoas que estejam com doenças orgânicas agudas
ou crônicas descompensadas e distúrbios mentais moderados ou graves”,
acrescenta Bertoche, responsável pela criação da Terapia Transgeracional e do
Instituto de Terapia Transgeracional (ITT).
Serviço: Terapia Transgeracional
Contato: Lais de Siqueira
Bertoche
Cargo: Médica
Fone: 21 2257-2403
Endereço: Av. N. S. de
Copacabana, 664/805, Galeria Menescal, Portaria 3, Copacabana, Rio de
Janeiro/RJ.