GIPZ explica a relação entre psicologia e zumbido


Aspectos emocionais ligados ao problema podem aumentar a sua percepção e desencadear outras alterações no organismo.
 
O Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) irá promover seu próximo encontro no dia 04 de maio, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, a partir das 14 horas. O tema da palestra é “Aspectos emocionais relacionados ao Zumbido”, e a psicóloga Lesle Maciel será a responsável pela exposição do conteúdo. A primeira parte da reunião é destinada a apresentação de slides e explicações sobre o tema. Em um segundo momento, os participantes podem fazer perguntas e compartilhar experiências.
De acordo com a otorrinolaringologista e otoneulogista Rita de Cássia Cassou Guimarães, coordenadora do grupo, o zumbido é um sintoma que denuncia doenças e alterações no organismo. Cerca de 17% da população mundial sofre com o problema. “Mais de 200 fatores podem desencadear o ruído, que pode ser percebido na cabeça ou nos ouvidos. A perda de audição é uma das principais causas do zumbido e mais de uma causa pode estar associada ao problema. O tratamento deve ser interdisciplinar para investigar todas as causas possíveis”, observa.
Sem orientação, o paciente fica estressado, nervoso e ansioso para acabar com o zumbido. Estes estados emocionais prejudicam o quadro e aumenta a percepção do ruído, além de provocar problemas psicológicos e emocionais. Quando o paciente consegue compreender o que é zumbido e aceita o tratamento é possível evitar o surgimento de outras complicações. “Em geral, os pacientes precisam mudar hábitos e o estilo de vida para tratar o zumbido e minimizar seus impactos na saúde. O suporte psicoterapêutico é fundamental nesta fase”, explica a psicóloga Lesle Maciel.
Segundo Lesle, a psicologia ajuda o paciente a enfrentar as mudanças e a criar uma consciência sobre o que está acontecendo. Desta forma, a ansiedade e a tensão vão sendo eliminados aos poucos e o indivíduo consegue lidar melhor com as reações emocionais provocadas pelo zumbido. “O bloqueio consciente da percepção do zumbido depende da atitude do paciente e da forma como o ruído foi relacionado ao sistema das emoções. O mais importante é dar o primeiro passo e querer mudar este quadro”, afirma.
 
GIPZ tranquiliza portadores de zumbido
A professora Vilma Fijiwara, 58, conta que o zumbido surgiu aos poucos e agora está presente todos os dias. O ruído é semelhante a um grilo e atrapalha na hora de dormir, quando o silêncio é predominante. “Faz dois anos que sofro com o zumbido. Fiz muitos exames e estou em busca de tratamento e a médica Rita me indicou o GIPZ. Já vim em duas reuniões e estou adorando. É um alívio saber que você não está sozinha, que tem mais gente com o mesmo problema e trocar experiências. O encontro é muito esclarecedor e eu fico o mês inteiro esperando para vim de novo, fico até ansiosa”, afirma.
Rita destaca que o conhecimento é a base para aumentar a qualidade de vida dos pacientes com zumbido. Quanto mais eles aprendem sobre o problema, menor é a atenção dada ao ruído. “Eles percebem que é um sintoma, que tem tratamento e que não oferece riscos à saúde. É necessário desmistificar o zumbido, explicar que ele não causa surdez, não afeta problemas psicológicos e nem desencadeia qualquer enfermidade. Assim como a febre, o zumbido indica que algo está errado no organismo e é este agente que devemos eliminar”, acrescenta.
 
Serviço: Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba)
Próximo encontro: 04 de maio de 2012
Tema: Aspectos emocionais relacionados ao Zumbido
Palestrante: Lesle Maciel, psicóloga que faz parte do grupo de profissionais voluntários do GIPZ.
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Agendamento de presença e mais informações:             (41) 3225-1665      
Entrada livre