GAPZ de outubro abordou as estratégias que tem como objetivo minimizar a percepção do ruído.
Na última sexta-feira (07/10) foi realizada mais uma reunião do Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GAPZ). No encontro do mês de outubro a coordenadora do GAPZ, a otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de Cassia Guimarães Mendes, falou sobre as várias estratégias utilizadas para o tratamento do zumbido. “Os médicos utilizam alguns princípios para tratar o problema. É fundamental fazer a avaliação e o diagnóstico corretos, corrigir fatores de risco, incentivar a adoção de hábitos saudáveis e reverter as doenças de base”, explica.
Segundo Rita, a doença de base é o fator responsável pelo desencadeamento do zumbido e ela pode estar associada a outros problemas de saúde. “Em alguns casos é necessário estabilizar o organismo, controlando outros aspectos, como colesterol alto e hipertensão, para então dar início ao tratamento do zumbido. A causa mais comum do surgimento do ruído, que pode acometer os ouvidos e a cabeça, é a perda de audição. Nove em cada 10 pacientes com zumbido possuem algum grau de perda de audição. Por isso o primeiro passo é consultar um otorrinolaringologista”, ressalta.
Para minimizar o zumbido e promover qualidade de vida para os pacientes é preciso tratar todas as causas existentes. Rita destaca que cada pessoa tem características únicas e para que o tratamento seja eficaz ele deve ser personalizado. “As causas podem estar relacionadas a outras especialidades médicas como cardiologia, endocrinologia e psiquiatria, ou a outras áreas profissionais, como a odontologia, a fisioterapia, a psicologia, a nutrição e a fonoaudiologia. O otorrino é responsável pelo encaminhamento do paciente a outros especialistas”, observa.
Medicamentos, intervenções cirúrgicas, amplificação sonora, mudanças de hábitos de vida e terapia sonora são tratamentos que contribuem para a minimização do problema. “Os medicamentos são indicados em casos de depressão e insônia e são utilizados somente pelo tempo determinado pelo médico. Já o tratamento cirúrgico vale somente para casos de otosclerose, infecções, tumores e zumbido pulsátil. A amplificação sonora é recomendada quando o indivíduo tem dificuldade para ouvir e entender a fala. O tratamento é feito com o uso de aparelhos auditivos e implantes”, esclarece.
Falta de conhecimento dificulta diagnóstico
Veluz Martins de Oliveira, 53, participou pela primeira vez do GAPZ nesta sexta-feira. Indicada pela otorrinolaringologista que diagnosticou o zumbido, Veluz foi ao grupo com o objetivo de conhecer mais sobre o problema. “Desde os 35 anos eu tenho zumbido, mas só descobri o problema há oito meses. Eu já tinha passado por inúmeros médicos, feito vários exames e durante todos estes anos sofri com crises de labirintite, fiquei viciada em remédios e cheguei a fazer terapia por quatro anos, por causa da depressão, e nada melhorava”, conta.
O diagnóstico foi um grande alívio para Veluz, que depois da descoberta obteve melhoras na sua saúde. Devido a outros tratamentos médicos, a paciente mudou sua alimentação e o zumbido passou a ser menos percebido. Mesmo assim ainda sente dores no ouvido e tonturas e acredita que a família tem papel fundamental em todo o processo. “Só de descobrir fiquei muito feliz. Para mim melhorei 70% pelo fato de saber o que eu tenho. Mas eu queria que a minha família compreendesse meu problema, por isso trouxe meu marido e quero trazer meus filhos. A falta de compreensão familiar prejudica muito a situação”, afirma.
Veluz declarou que adorou o GAPZ e que ficou muito feliz de saber que existem vários tratamentos para o zumbido. “Eu vou continuar vindo e estarei aqui na próxima reunião”, promete. O próximo encontro do GAPZ será no dia 04 de novembro, com o tema ‘Terapia Sonora para o zumbido’, que também será abordado pela coordenadora do grupo. “A terapia é uma das alternativas para melhorar o zumbido. É uma espécie de filtragem sonora, na qual o cérebro passa a perceber menos o ruído e o paciente apresenta melhoras”, evidencia Rita.
Na última sexta-feira (07/10) foi realizada mais uma reunião do Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GAPZ). No encontro do mês de outubro a coordenadora do GAPZ, a otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de Cassia Guimarães Mendes, falou sobre as várias estratégias utilizadas para o tratamento do zumbido. “Os médicos utilizam alguns princípios para tratar o problema. É fundamental fazer a avaliação e o diagnóstico corretos, corrigir fatores de risco, incentivar a adoção de hábitos saudáveis e reverter as doenças de base”, explica.
Segundo Rita, a doença de base é o fator responsável pelo desencadeamento do zumbido e ela pode estar associada a outros problemas de saúde. “Em alguns casos é necessário estabilizar o organismo, controlando outros aspectos, como colesterol alto e hipertensão, para então dar início ao tratamento do zumbido. A causa mais comum do surgimento do ruído, que pode acometer os ouvidos e a cabeça, é a perda de audição. Nove em cada 10 pacientes com zumbido possuem algum grau de perda de audição. Por isso o primeiro passo é consultar um otorrinolaringologista”, ressalta.
Para minimizar o zumbido e promover qualidade de vida para os pacientes é preciso tratar todas as causas existentes. Rita destaca que cada pessoa tem características únicas e para que o tratamento seja eficaz ele deve ser personalizado. “As causas podem estar relacionadas a outras especialidades médicas como cardiologia, endocrinologia e psiquiatria, ou a outras áreas profissionais, como a odontologia, a fisioterapia, a psicologia, a nutrição e a fonoaudiologia. O otorrino é responsável pelo encaminhamento do paciente a outros especialistas”, observa.
Medicamentos, intervenções cirúrgicas, amplificação sonora, mudanças de hábitos de vida e terapia sonora são tratamentos que contribuem para a minimização do problema. “Os medicamentos são indicados em casos de depressão e insônia e são utilizados somente pelo tempo determinado pelo médico. Já o tratamento cirúrgico vale somente para casos de otosclerose, infecções, tumores e zumbido pulsátil. A amplificação sonora é recomendada quando o indivíduo tem dificuldade para ouvir e entender a fala. O tratamento é feito com o uso de aparelhos auditivos e implantes”, esclarece.
Falta de conhecimento dificulta diagnóstico
Veluz Martins de Oliveira, 53, participou pela primeira vez do GAPZ nesta sexta-feira. Indicada pela otorrinolaringologista que diagnosticou o zumbido, Veluz foi ao grupo com o objetivo de conhecer mais sobre o problema. “Desde os 35 anos eu tenho zumbido, mas só descobri o problema há oito meses. Eu já tinha passado por inúmeros médicos, feito vários exames e durante todos estes anos sofri com crises de labirintite, fiquei viciada em remédios e cheguei a fazer terapia por quatro anos, por causa da depressão, e nada melhorava”, conta.
O diagnóstico foi um grande alívio para Veluz, que depois da descoberta obteve melhoras na sua saúde. Devido a outros tratamentos médicos, a paciente mudou sua alimentação e o zumbido passou a ser menos percebido. Mesmo assim ainda sente dores no ouvido e tonturas e acredita que a família tem papel fundamental em todo o processo. “Só de descobrir fiquei muito feliz. Para mim melhorei 70% pelo fato de saber o que eu tenho. Mas eu queria que a minha família compreendesse meu problema, por isso trouxe meu marido e quero trazer meus filhos. A falta de compreensão familiar prejudica muito a situação”, afirma.
Veluz declarou que adorou o GAPZ e que ficou muito feliz de saber que existem vários tratamentos para o zumbido. “Eu vou continuar vindo e estarei aqui na próxima reunião”, promete. O próximo encontro do GAPZ será no dia 04 de novembro, com o tema ‘Terapia Sonora para o zumbido’, que também será abordado pela coordenadora do grupo. “A terapia é uma das alternativas para melhorar o zumbido. É uma espécie de filtragem sonora, na qual o cérebro passa a perceber menos o ruído e o paciente apresenta melhoras”, evidencia Rita.