Pacientes devem perder
peso para se submeterem a intervenção com mais segurança e manter os resultados
após a operação.
Na
década de 70, uma das preocupações no Brasil era a desnutrição. Mais de 30 anos
depois, o cenário mudou e a obesidade se tornou o grande perigo para a saúde da
população. De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade dos homens e cerca
de 48% das mulheres estão acima do peso. A obesidade afeta 12,4 dos brasileiros
e 16,9% das brasileiras. A doença é considerada uma epidemia mundial pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). O problema é tão grave que no dia 11 de
outubro é celebrado o Dia Internacional de Combate à Obesidade.
A
obesidade é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares,
diabetes e outras doenças crônicas. O acúmulo de gordura corporal pode ser
causado por questões fisiológicas, nutricionais, genéticas, psiquiátricas,
psicológicas, ambientais e comportamentais. “São considerados obesos os adultos
com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30. Pessoas com IMC entre 25 e 29,9
são consideradas com sobrepeso. Alimentação equilibrada e a prática de exercícios
físicos são fundamentais na briga contra a balança”, ressalta o cirurgião
plástico Alderson Luiz Pacheco.
O
médico explica que o acúmulo de tecido gorduroso no corpo ocorre quando a
ingestão excessiva de alimentos estimula a produção de mais energia do que o
necessário. A energia que não é consumida fica armazenada em forma de gordura. “Gastar
pouca energia também favorece o ganho de peso, já que o corpo não consegue utilizar
o combustível disponível e acaba armazenando tudo o que sobra. O resultado é o
aumento das medidas, especialmente no abdômen, pernas, costas e braços”, aponta
Pacheco, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Para
emagrecer não há segredo: é preciso gastar mais do que se consome. Com pouca
energia, o corpo tende a gastar as suas reservas de tecido adiposo e o
indivíduo emagrece. Pacheco destaca que muitas pessoas querem encurtar o
caminho e chegam ao consultório com a ilusão de que a plástica é a solução de
todos os males. “Esta é uma ideia deturpada. A cirurgia plástica é capaz de
reduzir o volume corporal, mas não tem como objetivo o emagrecimento. A perda
de peso é uma consequência das técnicas que removem tecido e gordura”, evidencia.
Pacheco
esclarece que a obesidade provoca complicações em qualquer tipo de cirurgia. O
excesso de peso tende a aumentar a pressão arterial, altera o metabolismo e
favorece o surgimento de doenças que podem influenciar a intervenção cirúrgica,
colocando em risco a saúde do paciente. “O procedimento se torna menos seguro,
o tempo de duração da cirurgia é maior e a recuperação no período
pós-operatório é mais desgastante e lenta. O recomendado é que os pacientes
estejam, no mínimo, próximos ao seu peso ideal para uma intervenção segura”,
defende.
O
cirurgião comenta que a lipoaspiração e a abdominoplastia, as queridinhas de
quem deseja perder a gordura localizada, não servem como tratamento da
obesidade. Apesar de retirarem o tecido gorduroso de determinadas partes do
corpo, as duas técnicas não tem como objetivo o emagrecimento. “A quantidade de
gordura que deveria ser retirada de um obeso para que ele ficasse magro
ultrapassa o limite de segurança estabelecido pela SBCP. É possível retirar, no
máximo, 7% do peso corporal. Ou seja, em uma pessoa com 100 quilos é eliminado
sete quilos de gordura”, declara.
Com
o peso muito acima do normal, os resultados da cirurgia plástica também não são
satisfatórios. A longo prazo, o obeso tende a perder os efeitos obtidos com a
intervenção, já que a plástica não trata os fatores que provocam o excesso de
peso. “É essencial que o paciente obeso busque um tratamento multidisciplinar
para combater a doença. Após o emagrecimento, o indivíduo pode se submeter a
uma operação estética ou reparadora para retirar a pele flácida e a gordura localizada
que não foi possível eliminar com a dieta e os exercícios físicos e dar novos
contornos ao corpo”, acrescenta.
Cirurgião Plástico
Site: http://www.alplastica.com/
Blog: http://draldersonluizpacheco.
Email: plastica.pacheco@yahoo.com.br
Fone: 41 3022-4646
Endereço: Rua Augusto Stellfed, 2.176, Champanhat, Curitiba/PR